Norma NR-10: segurança em instalações elétricas explicada para técnicos
O setor elétrico é um dos mais importantes e que mais crescem em todo o Brasil.
Técnicos em eletrotécnica podem atuar tanto em empresas como em espaços residenciais e comerciais.
Por esses profissionais trabalharem com altas voltagens, a segurança deve ser a prioridade máxima.
Para isso, é fundamental o uso de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) e seguir à risca as normas que regulamentam as técnicas relacionadas à segurança no desempenho da atividade, como a NR-10, por exemplo.
A NR-10 é a Norma Regulamentadora que trata da segurança em instalações e serviços com eletricidade.
Esta é uma das principais diretrizes que um profissional de eletrotécnica deve seguir, portanto, mostraremos tudo sobre ela, seu impacto na segurança, treinamentos e capacitações exigidos por ela e muito mais. Veja mais a seguir.
NR-10: o que é e por que todo técnico deve conhecer
A Norma Regulamentadora n°10 (NR-10) foi criada pelo Ministério do trabalho e Emprego, com a finalidade de regulamentar e estabelecer as diretrizes relacionadas à segurança em instalações e serviços com eletricidade.
Sua aplicação é obrigatória em todo o Brasil, tanto em empresas privadas quanto em serviços públicos, a fim de garantir a segurança dos profissionais durante suas atividades.
O objetivo principal da NR-10 é assegurar a integridade física e a saúde dos profissionais, evitando acidentes como choques, incêndios e explosões, que estão entre as ocorrências mais graves no ambiente de trabalho.
No setor elétrico, qualquer acidente pode ser fatal, devido às altas voltagens que estes profissionais estão expostos.
Esta norma deve ser seguida independente da voltagem da operação, sendo obrigatória em instalações de baixa, média e alta tensão.
O cumprimento da NR-10 não é apenas exigência legal como também diferencial profissional, já que profissionais certificados passam mais credibilidade e confiança, possuindo mais oportunidades de emprego.
Fundamentos principais da NR-10
A NR-10 possui alguns fundamentos essenciais que devem ser seguidos, relacionados, principalmente, ao treinamento e atualizações constantes dos profissionais.
Dentre os principais fundamentos citados na Norma Regulamentadora n°10, podemos destacar:
Treinamento obrigatório: curso de 40h para capacitação inicial e 40h a cada dois anos de reciclagem.
Autorização de trabalho: só profissionais capacitados e formalmente autorizados podem atuar em instalações elétricas.
Análise de risco: obrigatória antes de qualquer atividade, identificando perigos e definindo medidas de controle.
Procedimentos de segurança: padronização escrita para cada tipo de atividade com eletricidade.
Equipamentos de proteção: uso de EPIs e EPCs adequados ao nível de tensão e atividade exercida.
Documentação técnica: exigência de prontuários e registros atualizados sobre as instalações elétricas da empresa.
Riscos elétricos mais comuns em campo
O trabalho com eletrotécnica possui alguns riscos comuns.
Apesar de poderem acontecer com certa facilidade, sua previsibilidade tornam o treinamento e as precauções mais detalhadas e eficientes.
Seguir as diretrizes da NR-10 é essencial para evitar estes acidentes que, embora facilmente evitados, podem ser fatais.
Dentre os riscos mais comuns que os profissionais em eletrotécnica podem sofrer, é possível citar:
Choque elétrico por contato direto ou indireto.
Arcos elétricos, que podem causar queimaduras graves.
Incêndios e explosões devido a curtos-circuitos ou sobrecargas.
Quedas de altura associadas a trabalhos em postes ou estruturas metálicas.
Exposição a campos eletromagnéticos em ambientes industriais.
Segurança como prioridade no trabalho elétrico
Para garantir a segurança no ambiente de trabalho, existem alguns cuidados simples de serem implementados que são extremamente eficientes, tanto que são obrigatórios.
O uso de EPIs, como luvas, óculos de proteção, capacetes e calçados derrapantes pode parecer simples, mas é fundamental.
Embora pareçam materiais frágeis e pouco efetivos, eles garantem a segurança de cada colaborador, com seu uso correto sendo regulamentado por normas específicas.
Além da proteção individual, a coletiva é de suma importância. Apesar de menos conhecidos, os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs), garantem a segurança do espaço de trabalho como um todo.
Estes itens incluem dispositivos de bloqueio, barreiras, sinalização e aterramento.
Outro método que parece óbvio mas deve ser seguido à risca é o “Desenergizado Sempre”, que diz que só se pode trabalhar quando garantir a ausência de tensão.
Outras medidas que, embora não sejam preventivas, são fundamentais no ambiente de trabalho: o treinamento de primeiros socorros e combate de incêndios.
Responsabilidades do técnico segundo a NR-10
Além de ditar as normas de segurança para evitar acidentes no sentido mais técnico, a NR-10 ainda estabelece as responsabilidades de todo profissional de eletrotécnica.
Estas responsabilidades incluem:
Cumprir integralmente as normas de segurança previstas na NR-10.
Utilizar corretamente os EPIs e EPCs exigidos para cada atividade.
Realizar a análise de risco antes de iniciar qualquer trabalho elétrico.
Seguir os procedimentos operacionais padronizados da empresa.
Comunicar imediatamente situações de risco ou falhas nas instalações.
Manter atualizado o treinamento e certificações exigidos pela norma.
A NR-10 como chave para a carreira em eletrotécnica
É essencial que os profissionais de eletrotécnicas possuam a NR-10 na ponta da língua, não apenas garantindo sua segurança como também se destacando no mercado.
Para isso, é preciso passar por especializações, como o curso técnico em eletrotécnica EAD do CPET.
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